Localidade: Fazenda
Ano de fundação: 1964
R. Amaro Jaques, 85 – Fazenda, Itajaí – SC, 88302-510
História
Por indicação do Rei de Portugal, em 1793 estabeleceu-se na região o Tenente-coronel Alexandre José de Azeredo Leão Coutinho com a mulher, Fortunata Amélia de Azeredo Leão Coutinho e filhos. Natural do Rio de Janeiro, em 1787, foi removido para Santa Catarina, com o objetivo de comandar a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, em Desterro, atual Florianópolis.
As terras eram propícias para o plantio e foram aproveitadas para o cultivo de café e árvores frutíferas; além da manutenção de um engenho de mandioca e açúcar. Em 1798, Leão Coutinho enviuvou e casou-se com Felícia Alexandrina. Ele faleceu em 08 de outubro de 1815, aos 64 anos; e a propriedade passou a ser administrada pela viúva e sua filha Carolina, então casada com o Capitão Benigno Lopes Monção.
Após a morte de Felícia, os herdeiros começaram a vender partes da propriedade, conservando apenas a área central, onde estava localizada a Casa Grande, que foi vendida, no fim do Século XIX, para o Coronel Eugênio Muller.
O local ficou conhecido como “Fazenda”, nome mantido até hoje. O movimento religioso começou na capela Sagrada Família, que ficava na Figueirinha, mais tarde chamada de Fazendinha. Demolida a capela, construiu-se aí o Grupo Escolar Elisa Gessele Orsi, em homenagem à doadora do terreno.
Em meados de 1960, os herdeiros de Eugênio Muller lotearam a área, dando origem ao Loteamento Muller, popularmente conhecido como “as terras do Milla”. Somente aí aconteceu a demolição da histórica e centenária Casa Grande, localizada onde hoje está a Igreja Nossa Senhora de Lourdes, a popular Igreja da Fazenda, construída em 1964.
Primeira Igreja Nossa Senhora da Lourdes com salão paroquial ao fundo, que posteriormente precisou ser demolido.
Em 1964, foi construída, perto do Cemitério Municipal, uma capela dedicada a Nossa Senhora de Lourdes. Em 11 de fevereiro de 1968, um Decreto da Cúria Metropolitana, assinado por Dom Afonso Niehues, elevou-a a Paróquia, desmembrando-a da Paróquia do Santíssimo Sacramento de Itajaí. Os cuidados pastorais foram entregues ao missionário holandês, da Congregação dos Sagrados Corações, Jacobus Hendrikus Koopmans, o Padre Jacó.
A 10 de dezembro de 1980, tendo em vista a renúncia do pároco, a Paróquia foi anexada à Paróquia do Santíssimo Sacramento, de Itajaí, assim permanecendo até dezembro de 1981, quando foi nomeado um novo pároco, na pessoa do Pe. Sérgio Giacomelli.
Padroeira
A Santíssima Virgem Maria, a Mãe de Jesus, é, por excelência, santa entre os santos. Nas suas dezenas de aparições reconhecidas pela Santa Igreja Católica está a de Lourdes. A partir dessa aparição, Nossa Senhora, neste título de Lourdes, é invocada por fiéis de várias partes do mundo, que lhe apresentam situações de saúde, tornando-se assim, a padroeira dos doentes.
Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu 18 vezes nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras de 11 de fevereiro.
“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá, voltei; e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.
Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu a conversão dos pecadores pela oração, conversão e penitência.
Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja, que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local, lá onde as multidões afluem, o clero e vários Papas estiveram.
Localidade: Cabeçudas
Ano de fundação: 1930
R. Samuel Heusi Júnior, 30 – Cabeçudas, Itajaí – SC
História
A igreja de Cabeçudas foi fundada em 1930. Um documento de 1935, oferece melhores informações: “Há quatro anos passados um católico desta cidade construiu uma ermida ou capelinha particular no lugar Cabeçudas. Agora ele quer entregá-la a Mitra diocesana. A capelinha não foi ainda benta nem houve nela funções religiosas públicas nem particulares. Venho por isso pedir V. Excia. Revma. digne-se conceder a licença de aceitar a doação do respectivo terreno e da capelinha em nome da Mitra e a faculdade de benzê-la. É de utilidade porque a pequena ermida, sempre lembrará os banhistas de Deus, mesmo no meio da vida mundana, que geralmente reina nas praias de banhos.”
Neste documento não há indicação de orago, nem nome da pessoa doadora. Essas igrejas particulares eram comuns, nasciam geralmente de promessas, ou como mostra pública de muita catolicidade ou de polpudos recursos financeiros. Foi edificada em terreno de Anna da Silva Fontes. Na Capela havia a imagem de Santa Ana, agora recolhida ao acervo do Museu Histórico de Itajaí.
Em 31 de janeiro de 1935, foi passada a procuração e a capela passou a pertencer e ser atendida, como comunidade eclesial pela paróquia Santíssimo Sacramento. Em 24 de fevereiro de 1935, foi abençoada. A Irmandade de Santa Teresinha pode ter influenciado no nome que leva até hoje.
Padroeira
Santa Teresinha do Menino Jesus nasceu em Alençon (França), no dia 02 de janeiro de 1873. Morreu no dia 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos e 271 dias. Nascida em uma família de ótimas condições financeiras e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula, Teresa; quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa, que também se tornaram freiras (Maria, Paulina, Leônia e Celina).
À primeira vista, parece que Teresinha foi santa desde a sua infância, porém, sua história revela um caminho de amadurecimento à custa de muitos sofrimentos, como por exemplo, a perda de sua mãe quando tinha 4 anos e 8 meses por conta do câncer; a ida de suas irmãs para o Carmelo; separar-se de seu pai e vê-lo sofrer de problemas psiquiátricos; por fim, a tuberculose e outros problemas de enfermidade nos seus últimos anos de vida. Tudo isso levou essa mulher a oferecer-se em holocausto à Misericórdia Divina, dia após dia de sua vida, com muita simplicidade e pequenez.
Depois da morte de sua mãe, a menina desenvolveu uma grande sensibilidade. Ela se achava sempre entristecida e abatida, chorava muito. Porém, aos 10 anos, ela fez uma experiência com Nossa Senhora que ficou em sua vida: “No dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes, do meu leito, virei meu olhar para a imagem de Maria e, de repente, a imagem pareceu-me bonita, tão bonita que nunca tinha visto nada semelhante. Seu rosto exalava uma bondade e ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha alma foi o sorriso encantador da Santíssima Virgem. Todas as minhas penas se foram naquele momento, e lágrimas escorreram de meus olhos, de pura alegria. Pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu” (História de uma alma).
Santa Teresinha do Menino Jesus também fez uma profunda experiência com o Natal, tendo o Menino Jesus como doador de uma “total conversão”, aos seus 13 anos de idade, no ano de 1883. Depois disso, sua vida foi transformada e ela começou a dar grandes passos na vida espiritual. Esse fato foi tão importante, a ponto de levá-la a assumir o nome de Teresinha do Menino Jesus.
Com a autorização do Papa Leão XIII, Santa Teresinha do Menino Jesus pôde entrar no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux, com apenas 15 anos de idade. Ao entrar no Carmelo, dedicou-se a rezar pela conversão das almas e pelos sacerdotes. Porém, trazia em seu coração o grande desejo de ser missionária, queria anunciar o evangelho aos cinco continentes do mundo. Até que descobriu no amor um caminho de perfeição: “no coração da Igreja, serei o amor. Assim, serei tudo, e nada impossibilitará meu sonho de tornar-se realidade” (História de uma alma). Logo após a sua morte, seria colocada como padroeira universal das missões católicas pelo Papa Pio XI.
Através do amor, desenvolveu a infância espiritual ou pequena via. Essa consiste na extrema confiança em um Deus que é Pai, o que foi consequência do seu relacionamento com seu pai Luís. Ele levou sua filha a olhar a Deus como um pai bondoso, amoroso e misericordioso. Por isso, Santa Teresinha do Menino Jesus pôde confiar e se lançar sem reservas nos braços d’Aquele que a leva como um elevador através de sua graça. Esse relacionamento filial gerou um transbordar de caridade, generosidade e gratuidade por parte da santa que desembocou na vivência com suas irmãs religiosas.
Em sua extrema humildade, acreditava que o caminho era ser como criança diante de Deus, assim buscava sempre rebaixar-se na vida fraterna e amar sem reservas. Tudo isso levou-a a renovar a espiritualidade carmelita de João da Cruz (Doutor do “tudo ou nada”), vendo nessa caridade gratuita o caminho perfeito. “No crepúsculo desta vida, aparecerei diante de vós (Deus) com as mãos vazias” (História de uma alma), ou seja, nem apresentar méritos ou obras, simplesmente confiando no amor gratuito de Deus, que é Pai e nos salva (Cf. 1 Jo 4, 17). Essa experiência fez com que o Papa João Paulo II a proclamasse doutora da Igreja no dia 19 de outubro de 1997.
Em seu leito de morte, com apenas 24 anos, Santa Teresinha do Menino Jesus, disse suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!”. Após a sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos que se tornaram mundialmente reconhecidos. Assim realizou a sua promessa de espalhar uma chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. Sua beatificação aconteceu em 1923; e foi canonizada por Pio XI em 1925, que a chamava de “uma palavra de Deus”.
Localidade: Praia Brava
Ano de fundação: 1985
R. Bráulio Werner, 196 – Santa Clara, Itajaí – SC
Padroeira
Santa Luzia nasceu em Siracusa, na Itália, no fim do século III. Conta-se que pertencia a uma família italiana rica, que lhe deu ótima formação cristã, a ponto de ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe, chamada Eutícia, a queria casada com um jovem de distinta família, porém, pagão.
Ao pedir um tempo para o discernimento e tendo a mãe gravemente enferma, Santa Luzia inspiradamente propôs à mãe que fossem em romaria ao túmulo da mártir Santa Águeda, em Catânia. Pela cura da grave doença seria a confirmação do “não” para o casamento.
Milagrosamente, foi o que ocorreu logo com a chegada das romeiras. Assim, Santa Luzia voltou para Siracusa com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimentos pelos quais passaria, assim como Santa Águeda.
Santa Luzia vendeu tudo, deu aos pobres, e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Não querendo oferecer sacrifício aos falsos deuses nem quebrar o seu santo voto, ela teve que enfrentar as autoridades perseguidoras. Quis o prefeito da cidade, Pascásio, levar à desonra a virgem cristã, mas não houve força humana que a pudesse arrastar.
Firme como um monte de granito, várias juntas de bois não foram capazes de a levar (Santa Luzia é, muitas vezes, representada com os sobreditos bois). As chamas do fogo também se mostravam impotentes diante dela, até que, por fim, a espada acabou com vida tão preciosa. A decapitação de Santa Luzia se deu no dia 13 dezembro de 304.
Conta-se que, antes de sua morte, teriam arrancado os seus olhos, fato ou não, Santa Luzia é reconhecida pela vida que levou até as últimas consequências, pois assim testemunhou diante dos acusadores: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.
O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a “janela da alma”, canal de luz.
Localidade: Praia Brava (Condomínio Brava Home)
Ano de fundação: 2019
R. Delfim Mário de Pádua Peixoto, 350 – Praia Brava, Itajaí – SC
Padroeira
Santa Clara nasceu em Assis, Itália, no ano de 1193, em uma nobre família. Destacou-se pela sua caridade e respeito para com os pequenos, por isso, ao se deparar com a pobreza evangélica vivida por Francisco de Assis, apaixonou-se por esse estilo de vida.
Em 1212, quando tinha apenas dezenove anos, a jovem abandonou o seu lar para ir ao encontro de Francisco de Assis, na igreja de Santa Maria dos Anjos. Ela cortou o cabelo e vestiu um modesto hábito de lã, além disso, pronunciou os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.
Clara foi, primeiro, para o mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas. Pouco depois, foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.
Ao se dirigir ao convento de São Damião, Clara – juntamente com outras moças – deu início a uma nova vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de “Damianitas”, depois, como Clara escolheu, elas foram chamadas de “Damas Pobres” e, finalmente, de “Clarissas”.
Seguindo as orientações de Francisco, em 1216, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Porém, conseguiu o “privilégio da pobreza” do Papa Inocêncio III, mantendo o carisma franciscano.
Em 1226, Francisco de Assis morreu, e Clara acompanhou o funeral dele sem sair do quarto, já que estava doente. Ela via as imagens como se projetadas na parede. Anteriormente a isso, ela teve esse mesmo tipo de visão em uma noite de Natal, quando viu o presépio e pôde assistir ao santo ofício que acontecia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, foi proclamada oficialmente “Patrona da Televisão”.
Outro grande feito dessa santa foi a expulsão dos turcos muçulmanos da cidade de Assis. Ela portava nas mãos o Santíssimo Sacramento.
Santa Clara faleceu, no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade. Foi canonizada no ano de 1255, pelo Papa Alexandre IV.
As demais entidades religiosas pertencentes à Igreja Católica Apostólica Romana, situadas na região de atuação da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes ou bairros citados acima, estão ligadas a congregações e instituições religiosas que possuem administração própria.